O tempo já não é mais o mesmo – o espelho insistentemente me avisa – e a vida já não é tão simples, disso alguns ainda discordam. O tempo antes de cada ação se alarga assustadoramente e o que era um segundo interposto entre o pensar e agir, torna-se uma infinidade de talvez, será, e se. Um buraco que se abre à certeza, uma dúvida que acalenta uma vontade.
Estendo a mão e, onírico, posso tocar no tempo, mas não sei manuseá-lo. Então surge aquela vontade de esticar as pernas, de parar o que quer que seja e apenas respirar mais fundo. De sonhar acordado andando pelas ruas que transitam nas pessoas estagnadas, por lugares coloridos que saltem à vista e nos deliciem ao passar. Sonhar com o tempo que se foi e a certeza que não veio, o muito que faltava e a resposta que não deram, o caminho que te indicaram no mapa e não estava certo.
Vontade parar, vontade de descanso, para depois continuar e pedir pra voltar do começo. Vontade de sonhar que não foi em vão, que sempre dá tempo, que falta só mais um pouco, antes de podermos moldar nas mãos o vento.
Estendo a mão e, onírico, posso tocar no tempo, mas não sei manuseá-lo. Então surge aquela vontade de esticar as pernas, de parar o que quer que seja e apenas respirar mais fundo. De sonhar acordado andando pelas ruas que transitam nas pessoas estagnadas, por lugares coloridos que saltem à vista e nos deliciem ao passar. Sonhar com o tempo que se foi e a certeza que não veio, o muito que faltava e a resposta que não deram, o caminho que te indicaram no mapa e não estava certo.
Vontade parar, vontade de descanso, para depois continuar e pedir pra voltar do começo. Vontade de sonhar que não foi em vão, que sempre dá tempo, que falta só mais um pouco, antes de podermos moldar nas mãos o vento.